SOBRE MIM

Conheça a minha jornada

Entre fronteiras e desafios

Minha conexão com o universo estrangeiro começou cedo, aos 15 anos, quando me mudei para Borken, uma pequena cidade no oeste da Alemanha. Durante esse período, vivi com três famílias alemãs diferentes e estudei em uma high school local, enfrentando o desafio de me adaptar a uma nova cultura sem ainda dominar completamente a língua alemã.

Ao longo dessa jornada, construí amizades com pessoas de mais de 20 nacionalidades, o que não apenas ampliou minha forma de enxergar o mundo, mas também me ajudou a fortalecer minhas próprias raízes.

Mais do que uma mudança geográfica, essa experiência foi uma imersão profunda no que significa ser estrangeira. Vivi na pele a reconstrução da identidade, os desafios da comunicação e a solidão, mas também descobri a beleza de explorar novos horizontes culturais.

Acima de tudo, essa vivência me ensinou, na prática, sobre resiliência, flexibilidade e a importância de criar conexões genuínas, mesmo diante das barreiras linguísticas e culturais. Com o tempo, aprendi a encontrar meu espaço em meio ao desconhecido e a ressignificar as dificuldades, transformando desafios em oportunidades de crescimento e autoconhecimento.

O caminho da psicologia

Minha jornada acadêmica começou na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde cursei psicologia e, já durante a graduação, me envolvi com temáticas de migração e pertencimento ao atuar por dois anos em um projeto de extensão voltado para migrantes e refugiados. Também fiz estágio na clínica-escola, onde aprimorei minha escuta e sensibilidade clínica.

Depois da graduação, fui aprovada na residência em Cancerologia, no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. Durante dois anos, acumulei mais de 5 mil horas entre estudos e atendimento, oferecendo suporte psicológico a pacientes, familiares e equipe de saúde, ministrando aulas, fazendo estudos de caso e trabalhos teóricos para embasarem a minha prática.

Esse período foi profundamente transformador. Diferente da clínica tradicional, o hospital exigia criatividade, sensibilidade e adaptação constante. Muitas vezes, era preciso criar espaços terapêuticos em meio ao caos – nos corredores, em leitos e em momentos inesperados.

Além disso, a residência me preparou para situações de emergência psicológica, atendimento em plantões e casos onde o paciente não procurava a psicoterapia, mas podia se beneficiar dela. Aprendi a lidar com sofrimentos intensos, incertezas e com a finitude, o que me fez crescer não apenas como psicóloga, mas também como pessoa.

Após essa experiência, fui convidada para ministrar palestras e aulas sobre temas como:

  • Sentido da vida e as questões existenciais
  • A vida após o câncer
  • Cuidados paliativos
  • Psico-oncologia
  • O impacto psicológico do cuidado em profissionais da saúde
Ana Gabriela Bellaver palestrando no I Simpósio Internacional de Atenção Domiciliar em Guarapuava, PR, abordando boas práticas, cuidado humanizado e os desafios emocionais no cuidado em saúde.

Psicoterapia online: acolhimento sem fronteiras

Ambiente de psicoterapia online com Ana Gabriela Bellaver, mostrando um espaço acolhedor, livros sobre saúde mental e a terapeuta em vídeo chamada, simbolizando escuta sensível e prática clínica com base existencial.

Após concluir minha residência, decidi atuar na clínica online, atraída pela flexibilidade geográfica – afinal, isso me permitiria juntar duas das coisas que eu amo: atender e viajar. Esse formato me permitiu levar o acolhimento terapêutico para além das fronteiras físicas.

Com o tempo, percebi que a maioria dos meus pacientes vivia fora do Brasil, lidando com desafios como saudade, desenraizamento, adaptação cultural e reconstrução da identidade em um novo país. Isso despertou em mim um interesse ainda maior pela Psicologia Intercultural, levando-me a aprofundar meus estudos nessa área e a especializar minha prática no atendimento de brasileiras expatriadas e nômades digitais.

Hoje, já acompanhei pacientes em mais de 10 países, o que me permitiu compreender, na prática, as nuances emocionais da vida no exterior. Cada história carrega suas particularidades, mas todas compartilham um ponto em comum: a necessidade de um espaço seguro para falar sobre as dores e desafios de estar longe.

Independentemente de onde você esteja, a terapia online oferece um refúgio de acolhimento e escuta, permitindo que você cuide da sua saúde emocional sem barreiras geográficas. Porque pertencimento não é sobre um lugar no mapa, mas sobre se sentir em casa dentro de si.

A psicoterapia como espaço de liberdade e autenticidade

Minha prática clínica é baseada na abordagem humanista-existencial, porque acredito que a psicoterapia vai muito além do tratamento de sintomas. Ela é um convite para autoconhecimento, liberdade e autenticidade, promovendo mudanças profundas e duradouras na forma como cada pessoa lida com o sofrimento.

Os princípios do existencialismo guiam meu trabalho, ajudando a iluminar questões essenciais da vida, como:

Sentido da vida – O que realmente importa para você?

Liberdade e responsabilidade – Como criar uma vida alinhada aos seus valores?

Isolamento e pertencimento – Como enfrentar a solidão e encontrar conexões genuínas?

Finitude e transformação – Como lidar com a impermanência e viver de forma mais autêntica?

Mais do que oferecer respostas prontas, a psicoterapia é um espaço seguro e acolhedor para que você possa explorar suas angústias com profundidade e encontrar suas próprias respostas. Afinal, o sentido da vida não é dado – ele é construído por você.

Psicóloga Ana Gabriela Bellaver sentada à mesa com o livro Existential Psychotherapy de Irvin D. Yalom, representando sua abordagem humanista-existencial na prática clínica.

Além da psicologia: quem sou eu?

Psicóloga Ana Gabriela Bellaver sentada sob uma árvore lendo O Estrangeiro de Albert Camus, com o livro Existential Psychotherapy de Irvin D. Yalom ao lado, representando sua atuação humanista-existencial e a busca por sentido na psicoterapia.

Para além do trabalho, sou alguém que adora explorar o mundo – seja viajando, experimentando novos sabores ou me expressando através da arte. Minha curiosidade me leva a buscar novas perspectivas, seja nas páginas de um livro, andando por ruas desconhecidas ou em diálogos que enriquecem a existência. 

A arte faz parte de mim. Pinto em aquarela, um processo que me ensina sobre paciência, fluidez e a beleza do inesperado. A forma como as cores se misturam na água me lembra que nem sempre temos controle sobre tudo – e que há algo bonito nisso.

Cozinhar, para mim, é outro jeito de viajar sem sair de casa. Adoro explorar temperos, testar receitas e descobrir novos sabores. Tenho um carinho especial pela comida indiana, tailandesa e italiana – e sempre que posso, tento trazer um pouco dessas culturas pra minha cozinha.

Viajar sempre foi uma das minhas maiores paixões. Conhecer novas culturas, aprender idiomas (falo 4 no total), experimentar sabores diferentes e observar os hábitos de vida em outros lugares sempre me fascinou. Talvez por isso a imigração e a adaptação cultural tenham se tornado temas centrais no meu trabalho como psicóloga.

A música também faz parte da minha identidade. Minha trilha sonora passa por reggaeton, música clássica, samba e pop, cada ritmo me transportando para diferentes momentos da minha vida. A música me conecta às minhas raízes e me leva para onde já deixei um pedaço de mim.

Também gosto do silêncio. Pausas fazem parte, e eu aprendi a respeitá-las.

Além de tudo isso, sou filha, irmã, namorada, amiga e, agora, tia. E cada uma dessas relações me ensina um pouco mais sobre quem eu sou.

Por fim, algo que me define profundamente: eu amo ser brasileira. Tenho um apreço enorme pela nossa cultura, história e diversidade. E foi justamente morando no exterior que me reconectei ainda mais com tudo isso. Afinal, nos formamos em contato com o outro – e nossa identidade se fortalece nas experiências e relações que construímos ao longo do caminho.

Psicóloga Ana Gabriela Bellaver em momento de leitura dos clássicos “A Náusea”, “O Mito de Sísifo” e “O Homem à Procura de Si Mesmo”, explorando temas como sentido da vida, liberdade e autenticidade na psicologia existencial.

Se você se identificou comigo, com a minha história ou com a forma como vejo a psicologia, talvez esse seja o momento de abrir um espaço para si mesma. Na psicoterapia, você encontrará acolhimento, escuta sem julgamentos e apoio para construir uma vida com mais autenticidade e sentido — no seu tempo e com a sua verdade.

Será um prazer te acompanhar nessa jornada.

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